
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO COM ÊNFASE EM PONTAS
No agronegócio brasileiro, a busca por otimização e redução de custos é constante. Uma área crucial que nem sempre recebe a devida atenção, mas que impacta diretamente o bolso do produtor e a saúde da lavoura, é a tecnologia de aplicação de defensivos.
Carlos Alberto Tadei, engenheiro agrônomo da Magnojet, destacou em sua palestra no 21° Agronegócios Copercana que a chave para uma pulverização eficaz e econômica reside em um componente pequeno, mas fundamental que são as pontas de pulverização, ou os famosos bicos do pulverizador.
Ignorar o desgaste e a necessidade de troca desses itens pode transformar um investimento em defensivos em puro desperdício.
"As pontas de pulverização são o ponto de contato do defensivo com a lavoura", explica Tadei. Ele enfatizou que o desgaste desses componentes pode comprometer seriamente a aplicação do produto, levando a resultados insatisfatórios. "Um bico desgastado aplica o produto de forma errada. Isso pode levar a um resultado indesejável na lavoura e, o que é mais grave, envolve muito dinheiro", alertou o engenheiro, destacando que a aplicação ineficaz de um defensivo caro é, na prática, um desperdício de recursos.
A principal recomendação de Tadei para os agricultores é a manutenção preventiva do equipamento. Independentemente da cultura – seja cana, laranja ou grãos – a máquina deve ser revisada e recalibrada antes de cada aplicação. "Eu recomendo fazer isso com pelo menos dois, três dias de antecedência, ou até uma semana antes, se possível", sugeriu.
Essa antecedência permite que o agricultor identifique e solucione possíveis problemas, como pontas desgastadas ou mangueiras vazando, antes que a aplicação seja iniciada. "Ele terá tempo hábil para ir atrás das peças, fazer os reparos necessários e reformar a máquina", afirmou Tadei.
O objetivo não é necessariamente ter uma máquina nova, mas sim uma que funcione perfeitamente. "Não é preciso ter uma máquina zero quilômetro; ele precisa ter uma máquina que funcione como uma", concluiu o especialista, reiterando que a manutenção preventiva é a chave para a eficiência e a economia no manejo agrícola.