Pesquisas em qualidade fisiológica de sementes de amendoim: Estudos de maturação e análise de imagens

PESQUISAS EM QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE AMENDOIM: ESTUDOS DE MATURAÇÃO E ANÁLISE DE IMAGENS

Abrindo as atividades do dia, a primeira live da terça-feira (21), de junho teve o apoio da Basf e foi ministrada pelo professor da UNESP FCA de Botucatu, dr. Edvaldo Ap. Amaral da Silva, que apresentou pesquisas em qualidade fisiológica de sementes de amendoim e mostrou a complexidade e o processo para se ter uma semente com sanidade.  

Silva destacou que tem observado que a qualidade fisiológica do amendoim é inferior ao padrão estabelecido pelo Ministério da Agricultura, que é de 70% conforme a (IN 45 de setembro de 2013-MAPA). Lembrou que a semente é o meio de multiplicação de inúmeras espécies cultivadas e que a qualidade fisiológica é essencial para a formação da lavoura. “Conhecer quando a semente ganha qualidade é fundamental para ter sucesso na obtenção de sementes com qualidade, que atenda as exigências estabelecidas pelo nosso órgão regulador que é o Ministério da Agricultura”, disse o professor.

Para Silva, produzir sementes de amendoim é um grande desafio por que a parte aérea nem sempre indica o ponto de colheita. “As plantas emitem flores ao mesmo tempo em que geram vagens. Tem flor e produção de vargens ao mesmo tempo e por estar embaixo no solo não enxergamos o desenvolvimento da semente e a sua maturação”.

A primeira pesquisa apresentada pelo professor mostrou ganho de qualidade fisiológica em sementes de amendoim e teve como objetivo monitorar a aquisição da qualidade fisiológica de sementes durante a maturação e a maturação tardia ao longo de dois anos agrícolas. “Queríamos ver como é que se dava o comportamento da aquisição da qualidade fisiológica e da qualidade da semente de amendoim, se ela ocorria na maturidade fisiológica ou após”.

De acordo com suas considerações sobre a pesquisa, o ganho de longevidade é um fenômeno autônomo; a maturidade fisiológica é obtida em R8 e a máxima qualidade fisiológica em R9; a qualidade fisiológica de sementes de amendoim é adquirida durante o desenvolvimento e a fase de maturação tardia é decisiva para a construção da longevidade de sementes dessa espécie; o amendoim materno com adequada soma térmica (~1900 graus dias) e a disponibilidade hídrica (~700 mm) favorece a produção de sementes com longevidade superior em clima tropical.

Tecnologias de imagens multiespectrais – Este foi um trabalho que contou com a  colaboração do CENA/USP onde foi feito uma seleção com base em parâmetros fisiológicos - sementes com maior germinação em papel; maior germinação em areia; rápida germinação; emergência de plântulas semelhante; maior comprometimento e massa seca de plântula. Foram feitos estudos com 7 lotes de sementes provenientes dos ensaios de adubação, lotes com diferenças fisiológicas e também foi feito a caracterização físicas de 7 lotes com relação a maior massa; menor grau de umidade; maior área; maior comprimento; maior largura; maior brilho. Como resultado foi visto que sementes com melhor qualidade tinham mais clorofila a, mais clorofila b, menor índice de antocianinas.

“Sementes de amendoim com maior germinação e vigor têm mais clorofila residual e menos antocianinas em seus tecidos. Essa foi a primeira observação quando usado a análise de imagem de alto florescência espectral. Esses estudos também tiveram a parceria da Copercana e usamos o resultado para avançarmos com análise de imagem”.

Como consideração desse outro trabalho o professor destacou que - Lotes de sementes de amendoim com alto vigor, são selecionados de forma não destrutiva utilizando recursos de análises de imagens e que estão caminhando para desenvolver marcadores com base em imagem para selecionar sementes de amendoim com alta qualidade fisiológica; Tecnologias que avaliam a autofluorescência espectral das sementes de amendoim, como a fluorescência de clorofila (a/b) têm potencial para selecionar lotes de alta performance e as antocianinas também são marcadores da qualidade de sementes de amendoim; As perspectivas futuras para uso dessas tecnologias e a sua inserção a etapa final do beneficiamento é promissora. “Precisamos avançar em mais pesquisas e que seja feito desenvolvimento de equipamentos voltados para a escala do beneficiamento que é a realidade das empresas produtoras de semente no Brasil, principalmente da Copercana”.

O professor ainda falou com orgulho dos trabalhos publicados em revistas internacionais. Trabalhos estes desenvolvidos por alunos da FCA, do CENA/USP e colegas pesquisadores da Unesp com a colaboração de profissionais da Copercana e Coplana.

“Estamos trabalhando junto com a universidade, empresas, com agências de fomento, publicando os artigos em revistas de alto impacto e os resultados estão indo para fora mostrando que estamos trabalhando de forma eficiente, colaborando e trazendo nossa contribuição à sociedade, ao investimento feito aqui por nossas pesquisas”.  

Silva concluiu ressaltando sua parceria com a Copercana nas pesquisas desenvolvidas ao longo dos anos e agradeceu o time de profissionais envolvidos no projeto Amendoim da Copercana. “A área de tecnologia de sementes de amendoim tem sido aprimorada graças as iniciativas e esforços da Copercana a quem agradeço. O incentivo a pesquisa é um importante passo para a compreensão do mundo e para o nosso progresso. Eu agradeço a oportunidade de poder mostrar o trabalho que a gente vem fazendo em parceria com a Copercana. Novos trabalhos estão sendo produzidos, quem sabe no futuro a gente vem aqui mostrar novas pesquisas, por exemplo, o desenvolvimento da tabela de maturação e outros trabalhos que a gente vem conduzindo. Minha  obrigação aqui como professor é dar o nosso retorno e contribuir para o avanço das pesquisas nesse setor tão importante para a agricultura”.

Presente nos estúdios de gravação da live, o engenheiro agrônomo responsável técnico pela produçãode sementes de amendoim da Copercana, Edgard Matrangolo Junior, fez questão de agradecer a participação do professor e ressaltou.  “O que foi apresentado pelo professor Edvaldo é fruto do trabalho que temos desenvolvido com a universidade através dos experimentos”. 
O engenheiro agrônomo da Uname, Ruan Betiol também agradeceu a presença do professor e falou da importância das pesquisas realizadas com o amendoim. 


        
Na oportunidade, o RTV (Representante Técnico de Vendas) da Basf Mateus Dutra, compartilhou o posicionamento da multinacional para amendoim e fez seus agradecimentos. “Procuramos trazer para o produtor o que há de melhor na parte de defensivo agrícola para proteger toda a vida que está na semente. A Basf tem um tratamento completo para a cultura do amendoim e vem para ajudar com a melhor solução técnica de produtos com confiabilidade, que vão entregar resultados e com o melhor custo benefício pra ajudar o produtor a produzir bem e ter rentabilidade. Quero  agradecer a Copercana pela oportunidade de disseminarmos e fomentarmos conhecimentos junto aos cooperados e principalmente ao professor Edvaldo Amaral. As pesquisas que realizam nos traz novas oportunidades de produzir mais num ano desafiador que estamos passando. Trazer inovação e conhecimento a fim de aprimorar,  é o que vai levar a evolução da agricultura para frente”. 

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