Na disputa pela liderança como a principal praga dos canaviais, a broca, a cigarrinha e o Sphenophorus competem, causando prejuízos à cana-de-açúcar. Além dessas, especialistas afirmam que existem mais de 80 espécies de pragas que podem atacar os canaviais, e algumas delas, como os nematoides, são difíceis de serem detectadas, pois habitam o solo.
Essas pragas causam danos diretos, extraem água e nutrientes das raízes, prejudicando o desenvolvimento da cultura, podendo levar à morte da planta. Para se obter canaviais de alta qualidade, o controle é essencial.

Essa questão foi discutida durante a palestra Praga Zero, promovida pela Syngenta, durante a 19.ª edição do Agronegócios Copercana, que contou com a participação de caravanas com produtores das regiões de Barretos, Guaíra, Ituverava e Morro Agudo.

“A operação Praga Zero é uma ação que tem como objetivo orientar produtores sobre as melhores práticas no manejo das pragas, a fim de evitar futuras perdas em sua lavoura”, explicou o DTM da Syngenta, Lupércio Garcia. A iniciativa surgiu a partir de encontros da Syngenta com entomologistas de referência no Brasil, a fim de analisar as causas e consequências da situação alarmante observada em diversas regiões.

Na palestra, Garcia comentou de forma rápida sobre a linha de produtos da Syngenta e como o uso de cada um auxilia o produtor a inibir a ação das pragas que causam danos e, consequentemente, a perda de produtividade. Ele apresentou dados sobre a ação de cada praga no canavial, seus ciclos de desenvolvimento, ataques, porcentagem de perdas e explicou sobre as tecnologias que ajudam a evitá-las. "É importante conhecer a biologia da praga, pois se não a conheço, como vou entrar no momento certo ou usar uma tecnologia errada? Também preciso saber como vou monitorar isso e identificar o momento correto para entrar com o produto certo. Tudo isso está dentro do jogo”, orientou.

Outra questão a ser considerada, de acordo com o especialista, é como é feito o manejo: se o produto utilizado interage ou não com mais de uma praga, quais culturas posso intercalar, além da avaliação das ferramentas que farão a aplicação desses herbicidas. "Tudo isso está em jogo", destaca Lupércio Garcia, que acrescenta: "É importante acompanhar a lavoura para que possamos descobrir prontamente problemas com pragas e evitar prejuízos gigantescos. A praga tem um começo, precisamos ter um meio, e tudo termina no fim, que é o controle. Então, desenhamos com essas três pragas ações e interferências, de acordo com seus ciclos, e essa é a nossa proposta: fazer na hora certa, para assim poder ganhar mais dinheiro".

"Meu desafio foi poder ajudá-los nesse ambiente de feira, esclarecendo dúvidas e indicando um norte para que pudessem saber quais produtos adquirir para resolver os problemas que têm em suas lavouras", destaca Garcia e completa: "Minha função foi ajudar cada um deles, naquela questão de 'o que é melhor?', 'o que é mais barato?', 'o que compensa?', considerando que estamos em uma feira de negócios e, quando falamos em negócio, temos que ter retorno. Então, investir em algo que dê retorno é importante".

Ao final da palestra, o RTV Syngenta, Thiago Fornasiari, falou sobre o panorama de custos para os produtores, tanto com relação aos defensivos quanto a outros relacionados ao mercado de cana-de-açúcar, e aproveitou para agradecer a parceria com a Copercana.

Fornasiari aproveitou o momento para destacar a importância do programa Praga Zero da Syngenta, principalmente em um momento de grande incidência de pragas. "No ano passado, devido à adoção de baixa tecnologia, tivemos muitas ocorrências de Sphenophorus e, com o conhecimento da Syngenta, pudemos colaborar e ajudar os produtores em seus canaviais", explicou o RTV. Ele ainda completou: "Nosso objetivo é trazer um conceito, relembrar e fornecer informações atualizadas e de qualidade para que todos os produtores possam tomar as melhores decisões no momento de compra ou no momento de construir o orçamento diante de uma nova safra".