Desafios e estratégias na correção do solo e nutrição do amendoim

DESAFIOS E ESTRATÉGIAS NA CORREÇÃO DO SOLO E NUTRIÇÃO DO AMENDOIM

A busca por alta produtividade e qualidade nas culturas de cana-de-açúcar e amendoim passa por um manejo de solo eficiente. Mas os produtores rurais, especialmente nas regiões de Presidente Prudente e Ribeirão Preto, enfrentam um desafio crucial: a estreita janela de tempo para realizar a correção do solo entre a colheita da cana e a semeadura do amendoim.

Durante a 21ª edição do Agronegócios Copercana, o Professor Carlos Felipe Cordeiro, da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) em Presidente Prudente, a convite da Viter, empresa que produz e comercializa corretivos e nutrientes para solo, destacou a importância de estratégias eficazes para superar essa limitação e garantir a saúde do solo e o sucesso da lavoura.

Cordeiro apontou o curto período entre a colheita da cana e a correção de solo ou seja, a sincronia das operações como o principal desafio. "O grande desafio quando se fala em sistema de produção do amendoim e cana-de-açúcar é o momento da correção. Você tem um curto período entre a colheita da cana-de-açúcar, a correção do solo e a semeadura do amendoim", explica. Esse período exige que os produtores busquem otimizar cada etapa para melhorar a eficiência da correção em um prazo reduzido.

De acordo com o profissional, antes de qualquer intervenção, a análise do solo se apresenta como um pilar indispensável. "Não tem como falar de correção do solo sem coletar o solo e analisar", enfatizou Cordeiro. O ideal é que a coleta seja realizada o quanto antes, logo após a colheita da cana-de-açúcar, contemplando as camadas de 0 a 20 ou 25 centímetros e de 20 ou 25 a 40 ou 50 centímetros.

Resultados de pesquisa apresentados por Cordeiro, abrangendo tanto a região de Ribeirão Preto quanto o Oeste Paulista, focam em estratégias de correção do solo para otimizar o pH, reduzir a atividade do alumínio e aprimorar a nutrição do amendoim.

Para enfrentar a janela de correção, o especialista reiterou a necessidade de utilizar calcário com maior reatividade e associar outras estratégias, como o uso de gesso agrícola e óxidos, que atuam como complementos ao calcário. Ainda segundo ele, o planejamento antecipado e a utilização de tecnologias e insumos de qualidade são a chave para superar os desafios da correção do solo e garantir a rentabilidade e a sustentabilidade das lavouras de cana-de-açúcar e amendoim.

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