As previsões climáticas e os efeitos do El Niño para o setor foram assuntos no 19º Agronegócios Copercana

AS PREVISÕES CLIMÁTICAS E OS EFEITOS DO EL NIÑO PARA O SETOR FORAM ASSUNTOS NO 19º AGRONEGÓCIOS COPERCANA

Caravanas com cooperados das cidades de Santa Cruz das Palmeiras, Santa Rita do Passa Quatro, Porto Ferreira e Descalvado prestigiaram na manhã de 29 de junho, a palestra apresentada pelo proprietário e agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos.

O profissional discorreu durante a 19ª edição do Agronegócios Copercana o tema “Previsões Climáticas para a safra de 2023/2024 – Quais os efeitos do El Niño no setor sucroalcooleiro”, com o intuito de passar informações aos produtores para que consigam ser assertivos em suas tomadas de decisões, visto que o clima influencia nos trabalhos no campo e nos negócios.  
Na abertura, o ATV (Administrador Técnico de Vendas) da Ihara, Frederico Crotti falou sobre as inovações da multinacional para o mercado de cana-de-açúcar e cereais, bem como a parceria com a Copercana. 



Já o palestrante iniciou o bate-papo destacando o fato de que muita coisa vem sendo falado sobre o clima neste ano e até mesmo sobre um super El Niño. 

El Niño - De acordo com o profissional, a Rural Clima foi categórica em dizer em fevereiro que estava cedo para se falar El Niño, mas que passado pouco mais de um mês, o fenômeno teria tudo para se confirmar, porém, está descartada a possibilidade de um super El Niño.

“Não haverá super El Niño, mas um El Niño de fraca, moderada intensidade. Mas quais serão as consequências desse El Niño? Um inverno ainda mais úmido com algumas chuvas e as chuvas da primavera chegando mais cedo, ou seja, primavera mais úmida”, disse. 

Geada - Segundo Santos este ano a amplitude térmica chama a atenção com noites e madrugadas com temperaturas um pouco mais baixas e dias bastante quentes. 

“Estamos no inverno, porém essa estação está um pouco mais quente do vimos antes e por enquanto não tem nada de geada. Implantei uma regra na Rural Clima onde só se pode falar em geada com no máximo uma semana de antecedência, antes disso e proibido por muda”. Além disso, Santos destacou que há muitos fatores que provocam ou que amenizam a geada como chuva, vento, umidade, nebulosidade, fase fenológica da planta (se ela está mais ou menos suscetível). “Tem tantos fatores que se soltamos uma previsão precipitada o erro é muito grande. Então só falamos com uma semana de antecedência”.



O profissional ainda chamou a atenção ao fato de que em julho teremos um episódio de chuva. “Há uma possibilidade de mais um evento de chuva em julho e  agosto e chuva chegando mais cedo em setembro e, por enquanto, nada de geada”. 

Clima - dezembro/janeiro - Santos não descarta possibilidades de veranicos. “Eu não me espantaria se entre dezembro e janeiro vocês tiverem algumas estiagens que retardam o plantio”. 

Índia - Problemas ainda a vista, todos com chuvas. Problemas na colheita podendo aparecer no mês de outubro e setor de açúcar precisando ser olhado com calma.

Preços - “Os preços podem até baixar um pouco, mas ainda devem continuar altos. A cana-de-açúcar será um dos poucos produtos que terá seu valor agregado um pouquinho pra baixo, mas com uma alta expressiva de produtividade. Esse ano, a bola da vez é a cana”, disse o profissional. 

Na oportunidade, o gerente comercial da Ihara, Bruno de Vasconcellos Lucas, falou de parceria e da satisfação da Ihara se fazer presente em mais uma edição da feira. “O nosso foco é estar sempre ao lado do produtor rural com o intuito de melhorar cada vez mais sua produtividade e, poder contar com parceiros como a Copercana e o Marco Antônio da Rural Clima é maravilhoso. O conhecimento e a informação são fundamentais para conseguir ser assertivo na hora de produzir, de olhar o dinheiro no bolso. Sem informação é só prejuízo”. 
 

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