Quando a ideia de se fazer uma feira de negócios que fosse possível conseguir ofertar melhores preços e pagamentos aos cooperados em decorrência da compra de maiores volumes de insumos, máquinas e implementos, ganhou vida, não se tinha ideia que ela alcançaria o tamanho que chega em 2022, ao completar 18 anos. Como analogia, pense no nascimento de uma criança prematura, frágil, que inspire cuidados numa incubadora para finalizar o processo de formação de seus órgãos vitais. Mais ou menos perto da data de seu nascimento ela finalmente tem alta e a partir daí não para de crescer.

E na sua caminhada até chegar aos dezoito anos, como qualquer outra vida como deve sim em seu início, a cada ano aumentavam os desafios, os problemas, as tensões e cobranças. E com momentos de alegria e tristezas chega a maioridade segura para encarar o mundo. A linha do tempo do Agronegócios Copercana não foi muito diferente. O evento nasceu frágil, logo ganhou força e ao longo de toda sua trajetória, nunca parou de evoluir, mas não um mar de rosas.

E como houve desafios, dentre os maiores conseguir entender os novos manejos que o corte mecanizado da cana exigia e buscar, junto com os fornecedores, quais ferramentas poderiam resolver as erupções de problemas que surgiam como o rosto de um adolescente sofre com as espinhas. Sem contar a maior crise que passou o setor, de 2007 a 2013, que foi responsável pelo fechamento de pelo menos 60 unidades industriais no período.

Mas, embora ocorressem muitos problemas, a força do cooperativismo levava momentos de alegria, pois somente com a união em que ele é baseado foi possível proporcionar condições para que o agricultor “tocasse o barco”. E sempre tratado com todo o aconchego e respeito, que vai além do merecimento, mas que o tipo de situação exige e foi sempre uma regra inegociável pela diretoria da Copercana. Assim, seus primeiros nove anos aconteceram no clube de campo “Vale do Sol”, com um salão climatizado além da exposição de máquinas e implementos montados num piso totalmente asfaltado.

A receita deu certo e logo no quarto ano o evento já havia superado os R$ 100 milhões em volume de negócios e na quinta edição já se aproximada dos 70 expositores. Os anos passaram e a necessidade de ampliar os horizontes fez com que em 2014 a feira mudasse para sua casa própria, quando realizou a primeira edição no recém-inaugurado Centro de Eventos Copercana.

Daí por diante cada edição contou com sua peculiaridade, todas iniciadas com uma expectativa gigantesca, até porque como o objetivo é o melhor, as milhares de notas musicais conjunturais que envolvem o negócio fazem com que todos os setores da cooperativa rebolem muito conforme a música, como se fossem exaustivos ensaios de uma companhia de balé, para que nos quatro dias de apresentação, o espetáculo saia na mais irretocável perfeição.

Porém, nas duas últimas edições, o maior de todos os desafios veio arrebatador e virótico. Até então era loucura pensar em qualquer tipo de evento que envolvesse a cooperativa sem o seu cooperado, assim como não tem como separar a sombra de um corpo. Foi quando entrou a internet e conectou os cooperados, que perderam o contato, a conversa, mas em compensação ganharam a maior propagação e formação de um gigantesco arcabouço de conhecimento.

Para comprovar isso basta interromper um pouco a leitura, pegar o seu celular, entrar no Youtube da Copercana e encontrar os canais das duas edições do Agronegócios Copercana 100% virtual. Lá é possível recordar assuntos conjunturais que não permitiram que o período caísse no esquecimento e que através da revelação do futuro seja possível escapar de novas arapucas que com certeza o destino vai armar e também muito material técnico, seja sobre variedades de cana, culturas de rotação, adubação, uso de defensivos e estimulantes.

E agora estamos aflitos e ansiosos, às vésperas do décimo oitavo Agronegócios Copercana, num clima nebuloso formado pela junção da insistente permanência da pandemia com o início de uma guerra que voltou a gerar na população em geral traumas do passado relacionados ao cogumelo atômico. Porém, com a confiança que só a experiência carrega, temos a certeza que mais uma vez traremos as melhores oportunidades.

Agronegócios Copercana dos dois últimos anos precisou se reinventar em decorrência da pandemia, com isso encontrou nas lives uma ferramenta maravilhosa de transmissão de conhecimento.